Sobrou pouco da arquitetura muçulmana antiga em Marrakesh, praticamente a universidade e uma torre da mesquita e nada mais. Diria ainda que a Medina é um pouco parecida com a 25 de Março, mas nada é Made in China, tudo é feito artesanalmente. O grande diferencial é estar em um lugar de cultura genuinamente árabe.

Marrakesh vai valer muito a pena se você for, antes ou depois, a Andaluzia, ao sul da Espanha. O contato com a cultura árabe, no Marrocos, e a arquitetura árabe, na Andaluzia, proporcionam uma experiência completa e enriquecedora do mundo árabe – antigo e atual.

Aproveite que está no Marrocos e vá até o Saara e durma ali por uma noite , ou faça o tour de um dia pelo interior do país.

O tour é um pouco cansativo porque a maior parte do tempo se passa dentro do carro. Se inicia pela Montanha Atlas e termina pelo o que eles chamam de entrada do deserto, onde estão os estúdios de cinema marroquinos. No caminho você poderá conhecer vilas beberes e ver paisagens belíssimas. O retorno a Marrakesh dura cerca de três horas e meia.

Prepara-se para passar pela Montanha Atlas; você vai subir a mais de 2 mil metros de altura (e depois descer) por uma estrada tão estreita que as vezes é difícil acreditar que possam passar dois carros ao mesmo tempo em direções opostas. Soma-se a isso o fato de em alguns pontos ser precipício dos dois lados da rodovia. É de tirar o folego pela beleza e adrenalina.

Aproveite para comprar tapete no interior. Encontrei os mesmos que eram vendidos nas lojas de Marrakesh, mas por preços infinitamente mais baixos.

O melhor restaurante marroquino sem dúvida nenhuma é o do hotel La Mamounia. Portanto, se não se hospedar no hotel ao menos vá passar o dia em sua incrível piscina ou jantar no Le Marocain, un riad no meio do imenso jardim desse verdadeiro palácio.

O outro restaurante que recomendo se chama Dar Yacout. É um Riad na borda da Medina. O menu é único e composto de pratos típicos e saborosos da cozinha marroquina. A decoração do local é sensacional e o serviço excelente. A hora que chegar a sobremesa, uma espécie de folhado de leite e amêndoas, você estará cheio de tanto comer, mas fará um enorme esforço para provar esse doce delicioso. Endereço: 79, derb Sidi Ahmed Soussi, Bab Doukkala.

Outra coisa bacana é que no voo para Marrakesh é possível ver direitinho o Estreito de Gibraltar.

Três dicas importantes:

Como um país árabe não tão liberal, preste atenção no que vai escrever no papel que tem que entregar no controle de passaporte. No item profissão, prevendo isso, coloquei apenas comunicação e a pergunta do oficial de imigração foi “você não é jornalista não né?”.

Fique atento quando for fazer o check-in no aeroporto na sua saída de Marrakesh. As filas são uma zona. Há uma grande possibilidade de eles mudaram a fila do seu check-in depois de você estar ali a alguns bons minutos. Se isso acontecer, não adianta reclamar (além de não ter efeito nenhum, você corre o risco de ir preso, ao menos foi o que me disse uma alemã casada com um marroquino que estava acompanhando uma amiga que tinha ido visita-la).

Por módicos 200 Dírhan (18 euros no câmbio de hoje) você contrata um guia particular para fazer um tour a pé pela cidade. Vale a pena!

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Leia o que escrevi sobre a Andaluzia (Sevilla, Granada e Córdoba):
https://meyerpelomundo.wordpress.com/2013/01/10/sevilha/
https://meyerpelomundo.wordpress.com/2013/03/04/granada-la-alhambra/
https://meyerpelomundo.wordpress.com/2013/03/04/cordoba-la-trilogia-de-andaluzia/
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