Sempre quis conhecer a Rússia por causa dos escritores, principalmente Dostoievski. Mas fui somente a Moscou porque tinha dois dias e meio para a viagem – um fim de semana prolongado – e porque quero ir a San Petersburgo de barco via Helsinki.

A arquitetura, profundidade e beleza do metrô de Moscou impressionam, como qualquer construção comunista deve ser. Não deixe de fazer um tour pelas estações. Contratei uma guia, ucraniana. Além de barato (50 euros por 3 horas) é muito útil para não se perder, ganhar tempo e ainda receber uma aula de história.






Ver Lenin embalsamado foi uma experiência marcante, não por ele em si apenas, mas pelos guardas que tomam conta do mausoléu. Aquela sensação de que somos fracos diante da força do estado russo. Um a um, somos obrigados a andar na Praça Vermelha pela calçada que segue rente ao muro do Kremlin. Um passo fora do caminho demarcado e escutamos o apito de um dos guardas. Eis então que no meio da praça descemos uma escada e entramos em um lugar escuro e silencioso, vigiados pelos olhares da guarda de honra, fortemente armada. E de repente nos deparamos com o corpo embalsamado do líder comunista. Difícil descrever o que senti. Uma sensação de medo e surpresa ao mesmo tempo.
A praça vermelha, claro, também vale a visita. Mas o Kremlin é indispensável. A fila é grande e não tem muito o que ver – o Museu de Armas e duas igrejas. Não te direi para não entrar nesta fortaleza porque sei que será um conselho inútil. Porém não perda tempo com o Museu de Armas, a não ser que você seja um aficionado.
Se hospede perto da Praça Vermelha porque junto com o Kremlin e o Metrô são as principais atrações. Ou seja, dois dias e meio na cidade foram suficientes. Não deixe de empanturrar-se de vodka, caviar e strogonoff.
