Os arredores de Munique, os outros motivos para visitar a cidade

Munique, ou München, não é só a capital da Bavária, mas também o melhor lugar para se hospedar e fazer turismo nesta região que se estende dos pés dos Alpes até a beira do Danúbio.

Sabe aquelas paisagens de calendário com vaquinhas pastando em gramas bem verdinhas e montanhas cheias de neve ao fundo? É isso! Se for no inverno, a grama vai estar um pouco mais branquinha.

Além de paisagens deslumbrantes e muitos lagos, o “norte da Itália” tem uma infinidade de atrações como castelos, palácios, estações de esqui e fábricas de cerveja.

Este post eu fiz com a ajuda de uma amiga brasileira, habitante de Munique há pelo menos 9 anos. Mesmo ciceroneado por ela, que conhece tão bem a região, não consegui ir a todos estes lugares – contando minhas duas estadas.

Digo isso para você, caro leitor, entender que visitar a Bavária é preciso, e planejar a visita, ainda mais.

Garmisch-Partenkirchen

Garmisch
Garmisch
Garmisch
Garmisch

 

 

 

 

 

 

 

 

É a estação de esqui mais procurada da Alemanha para quem quer praticar esportes de inverno. Localizada a apenas uma hora de carro desde Munique, a cidade é linda, e ficou ainda mais quando escureceu. Eu fui e voltei no mesmo dia, mas quem for esquiar vale a pena pernoitar para conhecer o povoado. http://www.gapa.de

Castelos

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É o mais conhecido de todos e serviu de inspiração para o castelo da Cinderela. Foi construído pelo rei Ludwig II da Bavária com o objetivo de isolar-se do mundo. Hoje, ironicamente, recebe cerca de 1.4 milhão de pessoas por ano. No verão são cerca de 6 mil turistas por dia.

A viagem de carro desde Munique dura cerca de 1h40. De trem são 2 horas e a cidade de destino é Füssen, onde temos que pegar um ônibus ou táxi até Hohenschwangau. Consulte os preços e horários no site da Deutsche Bahn.

As entradas são vendidas somente na bilheteria em Hohenschwangau, distante cerca de 1.5 quilômetros do castelo. As visitas acontecem com hora marcada, portanto faça a reserva antes. Leia mais no página de Neuschwanstein

Palácio de Herrenchiemsee

Conhecido como o Palácio de Versalhes da Bavária, também foi construído por Ludwig II, e em uma ilha no meio do maior lago do sul da Alemanha, o Chiemsee (Mar Bávaro). Ou seja, para chegar a este palácio, depois de cerca de uma hora de viagem de carro pela A8, tem que pegar um barco. Veja mais informações e horários no site.

Campo de concentração de Dachau

Eu não visitei, e para dizer a verdade nem sei se conseguiria. Este foi o primeiro campo de concentração construído pelos nazistas e para muitos o símbolo na Bavária do horror da Segunda Guerra Mundial. Para os alemães é importante que fique na memória a dor que muitos passaram para que isso nunca mais se repita, e por isso a preservação do local, um lugar de muita história. Tem que estar preparado para este tipo de visita …

Salzburgo

Vista de Salzburgo
Vista de Salzburgo

A bela Salzburgo está muito perto de Munique, pouco menos de uma hora e meia de carro. É ideal para um passeio de um dia.

A viagem foi um pouco cansativa na volta, mas porque nevava muito. Portanto, se você não quiser parar no caminho para Salzburgo e visitar o Palácio de Herrenchiemse, existe a opção de ir de trem. Consulte os preços e horários dos trens no site da Deutsche Bahn.

Para trafegar pelas estradas da Áustria não tem pedágio, mas é obrigatório colar no parabrisa um adesivo, vendido em qualquer posto de gasolina na estrada entre Munique e Salzburgo. Custou 8,70 euros e era válido por 10 dias.

Ao chegar na cidade, siga as indicações de trânsito para a fortaleza de Hohensalzburg. Assim que você vir uma montanha e um túnel, vai ter uma saída para o estacionamento Contipark International Austria GmbH – Altstadtgaragen (Endereço: Hildmannplatz, 1). Este é o lugar ideal para deixar o carro.

Além desta garagem ter sido construída dentro da montanha, o que é incrível, depois de estacionar, você pega um elevador e sai no centro de Salzburgo, na Bulgerspitalgasse, mas precisamente no Salzburger Spielzeugmuseum.

Estacionamento a forte

De lá até o Forte são apenas 15 minutos, mas certamente você fará em mais tempo. Caminhe pela ruas do centro, tome um café no Tomaselli (Alter Markt 9) e visite a Catedral de Salzburgo (Domplatz). De lá siga pela Kapitelplatz e depois a Festungsgasse, onde vende o ticket para o Forte de Salzburgo – Festung Hohensalzburg. 

Se subir caminhando, paga “apenas” oito euros. Mas se for de funicular, parecido ao de Sacre-Coeur em Paris, custa 11.30 euros.

Vista do forte desde a Kapitelplatz
Vista do forte desde a Kapitelplatz e, no canto direito, o funicular.

Mesmo que opte pela entrada conjugada com funicular, eu recomendo descer a pé porque o trajeto é bem bonito e valeu a pena, mesmo com um frio de -2 graus e o chão escorregadio por causa da neve.

Por dentro do forte
Praça central do forte

Depois de visitar o forte e tirar muitas fotos da vista de Salzburgo, recomendo ir almoçar no restaurante M32, no Museu de Arte Moderna (Museu der Modern Mönchsberg) dentro do parque Mönchesberg.

Parque Mönchsberg
Parque Mönchsberg, no inverno
Parque Mönchsberg
Parque Mönchsberg, no inverno
Salzburg parque
Parque Mönchsberg, no inverno

Saindo da Festungsgasse passe por debaixo do trilho do funicular e caminhe cerca de 20 minutos pelo parque Mönchsberg até chegar ao restaurante.

Forte M32

O M32 está no alto e tem uma vista incrível da cidade. A comida também é boa.

Comida do M32
Comida do M32

Para voltar ao centro há duas opções: descer a pé ou de elevador por dentro da montanha. Clientes do restaurantes têm direito a usar o elevador gratuitamente, lembre de pedir o ticket na hora que vier a conta.

Saindo do ascensor, você estará de volta ao ponto de partida da nossa caminhada por Salzburg, a poucos metros do Salzburger Spielzeugmuseum.

A cidade onde nasceu Mozart tem diversas atrações dedicadas a ele, mas a que eu mais gosto é a do chocolate que leva seu nome. O Mozart Chocolate com marzipã é um dos melhores que eu já comi. O pacote de 15 bombons sai por apenas 3 euros, se comprado no supermercado.

Outros passeios

Ao norte de Munique, as duas atrações são as cidades de Nuremberg – toda reconstruída após a Segunda Guerra Mundial e hoje Cidade da Paz e dos Direitos Humanos – e Regensburg – com mais de 1200 anos de existência, está a beira do Danúbio e é tombada pela Unesco como Patrimônio da Humanidade.

Em Regensburg também é possível fazer passeios pelo Danúbio. O rio nasce na Floresta Negra, na Alemanha, e desagua no Mar Negro, na Romênia. Existem inúmeros pacotes e quem quiser pode ir até a Romênia navegando!

Outro programa é subir de carro a estrada romântica até Würzburg, outro tesouro cheio de antigas construções e vinhedos sobre pequenos penhascos.

Nuremberg: distante 169 km de Munique (1h50 de carro ou 1h10 de trem).

Regensburg: distante 127 km de Munique (1h20 de carro ou 1h30 de trem).

Wurzburg: distante 100 km de Nuremberg.

Na direção sul, você vai se encantar com a beleza do lago de Tegernsee, e a cidade à beira dele.

Final de tarde no lago Tegernsee
Final de tarde no lago Tegernsee

Para quem não quiser se deslocar nem de carro, nem de trem, é importante lembrar que há excursões diárias de ônibus de turismo para a maioria desses lugares. Eles saem da estação central de Munique. Além de bem organizados, como tudo na Alemanha, é só aparecer por lá um dia antes para comprar seu ticket.

Estação central de Munique
Estação central de Munique

Na estação, também são vendido roteiros de cerveja. Mas a recomendação é ir de trem até Andechs, bem perto de Munique, e visitar o Mosteiro e Cervejaria de Andechs.

Mas se você for aventureiro e não quiser viajar nem de carro, nem de ônibus, nem de trem, vá de bicicleta! Grupos organizados de ciclistas saem do sul de Munique e atravessam os Alpes até o norte da Itália.

Pronto! É só escolher o seu meio de locomoção e apreciar as maravilhas do sul da Alemanha!

 

 

 

12 comentários em “Os arredores de Munique, os outros motivos para visitar a cidade

  1. Olá Ricardo,
    Estarei indo para Munique em setembro deste ano. Apesar de não ter planejado, estarei na cidade em pleno Oktoberfest. Como não era minha intenção, e não estou na “vibe” de um evento como este, não sei o que faço. Você acha que é possível aproveitar a cidade sem tumultos nessa época?
    Um abs

    1. Olá Guilherme, tudo bem? Eu falei com minha amiga que mora em Munique há mais de 10 anos. Ela disse que claro que a cidade fica mais cheia, mas as atrações no centro e arredores têm vida normal! O Oktoberfest acontece em Theresienwiese, ou seja, se você estiver hospedado ali perto vai perceber o maior movimento por causa da festa, mas você poderá aproveitar Munique sim, sem problemas! A dica dela é dar uma passada pelo Oktoberfest durante a semana por volta das 10 horas da manhã porque é tranquilo e interessante para conhecer como são os pavilhões das seis diferentes marcas da cerveja da cidade. Boa viagem!!! Prost!

  2. Olá Ricardo! Esse post caiu como uma luva, pois é um dos roteiros que queremos fazer em maio deste ano: sul da Alemanha, Salsburg, Viena, Praga e Budapeste, Provavelmente chegaremos por Frankfurt, então queria sua orientação se o melhor seria alugar carro em Frankfurt e explorar o trajeto até Munique ou chegar em Munique de trem e visitar o arredor ( de carro mesmo ou trem).
    Agradeço por dividir sua experiência e com isso ajudar no planejamento da viagem. Um abraço e Feliz 2017, com belas viagens!

    1. Olá Patrícia! Desculpe a demora para responder, estava de férias e sem acesso fácil à internet. Muito legal que o post tenha sido útil. Fico feliz! Eu escrevi sobre Praga também (), e estive faz pouco tempo em Viena. Se você precisar de alguma sugestão me mande um e-mail. Sobre sua pergunta, eu não fiz Frankfurt a Munique de carro e não conheço ninguém que tenha feito. Mas eu compraria um vôo ate Munique (a Lufthansa faz são Paulo Munique via Frankfurt) ou alugaria um carro e iria direto até Munique (quatro horas de carro e uma hora de avião) porque tem tanta coisa para fazer ali perto, que eu acho que não vale a pena perder tempo parando entre Frankfurt e Munique… Sobre os arredores de Munique, você pode fazer tudo de trem, mas eu prefiro fazer de carro porque você não fica refém do horário de trem, ou seja, tem mais liberdade. Meu e-mail: ricardo_meyer@hotmail.com. Boa viagem! Abraço e ótimo 2017 para você também!

  3. Oi Ricardo, queria muito ir em julho com marido e filhos(19,13,16 anos), mas me disseram que é muito quente e lotado e verdade? O que eu poderia vê com eles? Me de algumas dicas. Obrigada

    1. Oi Juliana, tudo bem? Se você vai viajar com seus filhos, entendo que por causa das férias escolares você tem duas opções: julho (verão na Europa) ou dezembro/ janeiro (inverno na Europa). Estes são os meses de alta estação, quando é mais caro viajar, e os lugares também ficam mais cheios. Acho que Munique é uma excelente opção pela quantidade de atrações na cidade e nos arredores. Se você pretendesse ir a Espanha (Madrid e Andaluzia) eu te diria para não viajar em julho porque realmente faz muito calor, acima dos 40 graus, o que não é o caso de Munique. Você pode conferir as previsões para o mês de julho no site do accuweather. Por outro lado, no inverno, faz muito frio e as temperaturas ficam abaixo de zero. Boa viagem!

  4. Olá, Ricardo!

    Primeiro gostaria de agradecer a partilha das informações que muito tem ajudado aos viajantes!

    Bem, veja se você pode ajudar…

    Gostaria de passar uma temporada de uns 3 meses na Alemanha. Possivelmente, de dezembro a março. Não pensei em cidade específica ainda, mas pensei em algo viável na relação custo /benefício próximo a Munique ou de Berlin. Irei com minha filha adolescente.

    O objetivo é ajudá-la, a ganhar fluencia na língua alemâ..

    Será uma viagem bem contida economicamente rsrs, pois acabo de mandá-la para passar um mes na Alemanha, tentando ajudá-la no exame que fará.

    Pensei em alugar um quarto, studio para o primeiro mês e, depois, ambientada, procurar outro espaço,…Quem sabe ns cidades próximas, onde o aluguel, suponho, seja mais em conta .

    Você teria alguma dica para a escolha de cidade/ estadia/bairro?
    Pegaremos o inverno, sabemos.
    Fico no aguardo e já agradeço a disponibilidade.
    Cris
    ObsNão consegui remeter por seu email aqui divulgado!

    1. Tudo bem Cris? Meu e-mail é ricardo_meyer@hotmail.com, sem br. Seguramente vocês irão passar frio, então aproveitem para curtir o inverno alemão, as feiras de Natal e a neve. Sobre sua pergunta, a melhor cidade para estudar alemão, eu estive conversando sobre o assunto com muitos alemães nos últimos meses porque também pretendia fazer o mesmo. Sem dúvida, alguém de Munique, vai dizer que é Munique. Se perguntar para alguém de Berlim, vai dizer que é Berlim. Se for para uma pessoa de Colônia, vai dizer que é Colônia, e assim por diante. Eu iniciei pesquisando Frankfurt, Colônia, Munique, Berlim e Hamburgo. Destas cinco fiquei com Munique, Berlim e Hamburgo. Segundo os professores de alemão, o melhor lugar para aprender a língua é Hannover, onde existe menos variação entre o dialeto local e o alemão padrão. Mas pesquisei a cidade e não me atraiu. Também pela questão do dialeto, resolvi desconsiderar Munique, onde a presença do Bávaro é muito forte. Mas que fique claro, tanto em Munique, como em Berlim e Hamburgo, há a variação do dialeto. E sempre, todos os alemães, vão falar com você em alemão padrão, principalmente pelo fato de você ser estrangeira. Mas segundo alguns alemães que eu conversei, a presença do dialeto em Hamburgo e Berlim não é tão forte. Mas enfim, os alemães que me disseram isso eram do norte, ou seja, podemos desconfiar das respostas. Eu já estive nas três cidades mais de uma vez e nunca tive problemas quanto a isso. A Deutsche Welle fez uma série de reportagens sobre todos os dialetos na Alemanha. Te deixo o link aqui. Sobre cada foto e mini texto, você clica em “mais” no canto direito e ele te dá a informação completa sobre a região e o dialeto. Também, entre as três, Munique é a que tem o custo de vida mais alto, e Berlim apesar de ser a capital, tem o mais baixo. Porém, Hamburgo é mais alto que em Berlim. Mas por uma questão pessoal, fiquei em dúvida entre Hamburgo e Berlim. A minha outra dúvida era se não seria melhor eu optar por uma cidade menor. Tanto em Hamburgo como em Berlim todo mundo fala inglês, ou seja, a chance de acabar falando em inglês na hora que o alemão travar a língua é grande. Mas eu tenho uma amiga da periferia de Berlim e, segundo ela, fora do centro há muita gente que não fala inglês e se eu morar fora do centro, onde os aluguéis são mais baratos, certamente eu terei que me virar em alemão na padaria, no supermercado e na farmácia. Tanto Berlim como Hamburgo contam com uma excelente rede de transporte público. Já que você vai no inverno, eu dei uma pesquisada sobre as temperaturas médias nestas cidades em janeiro. A mais fria é Munique, com média de -3,7; seguida de Berlim com -1.9 e Hamburgo -1.4 (mas a mais úmida). Ou seja, em todas as três o frio é intenso. Outra coisa importante, não sei se você já ouviu falar, são as escolas subsidiadas pelo Governo da Alemanha, as Volkshochschulen. Os cursos normalmente custam 200 euros por mês para três horas de aulas por dia, bem mais baratos que qualquer escola privada, mas normalmente o número de estudantes em classe é maior. Depois que você definir a cidade, busque as Volkshochschulen do lugar e pesquise sobre elas. Em geral, a qualidade dos cursos é boa, mas como eu falei, há mais alunos em classe do que em uma escola privada. Clique e confira a lista das escolas. Eu cheguei a entrar em contato com uma Volkshochschule de Hamburgo por e-mail e foram muito atenciosos, inclusive tinham vagas disponíveis. Outra opção também é pesquisar nas universidades locais, muitas oferecem cursos de alemão para estrangeiros, mesmo que você não esteja matriculado/a na graduação ou pós graduação. Enfim, acho que falei muito, mas espero ter te ajudado um pouco. Abraço. Ricardo

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