O Vinho do Porto salvou a minha vida!
Dos quatros dias na cidade do Porto, três choveram muito e ininterruptamente! Não fosse o vinho do Porto e o bacalhau, teria ficado louco.
De um lado do Rio Douro está o Porto e do outro a Vila Nova de Gaia. Na teoria são cidades diferentes, mas na prática é tudo Porto. Se você conhece Paris, seria como se a margem direita do Sena fosse Porto e a esquerda Vila Nova de Gaia.
Elas são ligadas pela Ponte Luís I, cartão postal do Porto. Ao cruzar para o outro lado do Rio Douro, encontramos em Vila Nova de Gaia os armazéns dos produtores de Vinho do Porto.



Graham’s, Taylor’s, Sandeman, Offley, Andresen, Valdouro, Real Companhia Velha, Casa Ferreira, Wiese e Krohn (Porto Valdouro, facilmente encontrado nas prateleiras brasileiras) Dow`s e Quinta do Noval estão todos lá em Vila Nova de Gaia e, além de comprar as garrafas direto dos produtores, podemos fazer degustação.
Nem precisa levar os endereços dos armazéns, andando pelo cais de Gaia você naturalmente encontra todos eles.
A maioria das marcas tem nomes ingleses porque os proprietários são britânicos. Os armazéns se instalaram em Vila Nova de Gaia por ser a porta de saída do Douro para o Atlântico, e mais fácil de exportar.



Os vinhedos em forma de terraço estão todos no Vale do Rio Douro e afluentes. No próximo post falarei sobre as opções de cruzeiros pelo Douro, além de algumas sugestões de atrações e restaurantes na cidade do Porto.
Não conhecia o produtor Quinta do Noval e, portanto, foi por onde comecei minha degustação. Pouco conhecido pelos brasileiros, está entre os melhores do mundo junto com o Dow`s.
No século XVIII uma praga chamada Filoxera destruiu os vinhedos da Europa. Como a cepa dos vinhedos Norte Americanos era resistente ao inseto, foram feitos enxertos dela nos vinhedos europeus.
O Quinta do Noval conseguiu preservar uma pequena parte de seu vinhedo da Filoxera e assim ainda hoje é capaz de produzir Vinho do Porto com uvas 100% nacionais.



Tipos
Existem três tipos de vinhos: Branco, Ruby e Tawny.
O Tawny é envelhecido em barril, ou seja na madeira, por cerca de três anos e por isso tem cor de conhaque (e este nome, Tawny em português significa âmbar em tradução livre). Quanto mais velho, mais intenso. A partir do momento que ele é engarrafado já está pronto para ser consumido.
O Ruby é um vinho que envelhece na garrafa e tem pouco contato com a madeira, e portanto menor oxidação e um sabor mais frutado e forte.
Os brancos são sempre vinhos jovens, de três anos no máximo, e o que muda é o grau de açúcar, ou seja de seco a doce, e o grau de fermentação.
No organograma abaixo conheça a classificação do Vinho do Porto quanto a sua categoria. Vale lembrar que o vinho é doce justamente porque a fermentação é interrompida com a adição de aguardente de bagaço de uva, que ajudava a conservar o vinho.
Agora é só escolher o seu preferido e abrir uma garrafa para acompanhar o aperitivo e outra para a sobremesa!
Mas lembre-se, vinho do porto não é licor, é vinho! A partir do momento que você abre a garrafa e oxigênio entra em contato com a bebida e começa a alterar o sabor, principalmente se for um Ruby.
Além disso, ele também deve ser armazenado deitado para a rolha não secar oxidar.
Se você gosta de roteiros de vinho e gastronômicos, que tal conhecer a Ribeira de Duero ou a Rioja? Duas importantes regiões produtoras de vinho na Espanha. Também já escrevi sobre os vinhos de Bordeaux e Saint Emilion, no sudoeste da França,
Gosto muito do seu blog, ótimas dicas, saudades de você! Bjs
Obrigado Arlene!!! Eu também. Beijo
[…] A única justificativa para ir ao Porto e não fazer o cruzeiro pelo Rio Douro é se estiver chovendo e os barcos não saírem – o que aconteceu comigo como comentei no post passado Vinho do Porto não é licor! […]
sempre boas dicas no seu blog!
Obrigado!!!!!!